terça-feira, 16 de novembro de 2010


A utilização do trabalho escravo provém de muito antes do que podemos imaginar, existem indícios de que alguns grupos na pré-história se faziam valer do trabalho compulsório de outros grupos nômades que “invadiam” seu espaço,empreendiam uma luta e os vencedores apoderavam-se dos perdedores, e os utilizavam como ajudantes na caça e em outras funções. Já na antiguidade as grandes civilizações como a Grega ,a egípcia ,romana, Persa dentre outras utilizavam o trabalho de escravos, a diferença é que estes eram conseguidos de formas variadas, como por exemplo através de guerras por domínio territorial, como pagamento de dividas ou mesmo quando homens pobres se vendiam como escravos como forma de sobrevivência.

No Egito, por exemplo, eram na sua grande maioria, prisioneiros de guerra,e não constituíam um grupo numeroso,eram utilizados em trabalhos pesados como extração de enormes pedras e na construção de templos, palácios e pirâmides, comparados aos outros povos antigos,os egípcios eram bastante tolerantes com seus escravos, com exceção da forma como agiram com os hebreus. Dependendo dos costumes da civilização que os adquirisse eram submetidos a diversos tipos de trabalho,na maioria das vezes,desumanos, algumas porém os adquiriam apenas para utilização de seu trabalho na fabricação de determinados artefatos e em trabalhos mais leves, em geral no intento de diminuir seu esforço e aumentar a produção, mesmo ainda não existindo um comércio formal e intenso.Nem todos as antigas civilizações obrigavam seus escravos a abandonarem seus rituais religiosos, mas na grande maioria era o que ocorria, na Mesopotâmia, por exemplo, eram obrigados a raspar a cabeça, a falar a língua local dentre outras atrocidades,a Pérsia era onde eram encontrados escravos em maior número, adquiridos em sua maioria nas conquistas militares, como mencionado anteriormente, os hebreus sofreram bastante quando os egípcios retomaram seu território que se encontrava sob o domínio do hicsos, se tornaram escravos e foram de todas as formas possíveis depreciados.

Grécia e Roma foram civilizações que utilizaram os trabalho escravo em larga escala e chegaram inclusive a promover feiras de comercialização dos mesmos, os oferecendo para utilização em todos os fins possíveis, inclusive como é mostrado em muitos filmes, como gladiadores, os gregos e os romanos foram talvez os que mais se assemelharam aos ocidentais ao desumanizarem, depreciarem de todas as formas e comercializarem seres humanos. Contudo podemos afirmar que estas grandes civilizações não teriam tido tanto êxito em sua ascendência se não fosse a utilização do trabalho escravo,a grandeza delas esta diretamente ligada ao trabalho desses homens, mulheres e muitas vezes crianças,seres humanos desumanizados,dominados.

A decadência e o conseqüente desaparecimento do império romano extinguiu temporariamente este “tipo de trabalho”, pois a sociedade feudal que havia sido erguida sobre as ruínas deste grande império não visava o comercio em grandes proporções,mas sim a subsistência,sendo assim o trabalho escravo tornou-se desnecessário e foi substituído pelo trabalho dos servos,que na verdade também eram como escravos, a diferença residia no fato de que estes não possuíam certificado de propriedade do senhor feudal, porém quando este resolvia arrendar a terra seu servo permanecia como sendo parte do patrimônio,além disso este mesmo servo devia obediência e satisfação ao senhor feudal, não podiam nem ao menos casar-se sem autorização do senhor com alguém de ouro feudo e no caso de viúvas ,estas também só podiam se casar novamente com alguém da escolha do senhor feudal e no caso de não desejarem casar-se novamente deviam pagar uma multa ao senhor, o mesmo em caso de falecimento do chefe da família ocorria, o seu herdeiro devia pagar uma quantia determinada ao senhor se desejasse permanecer naquele feudo cuidando de sua terra e em sua moradia, porem vale a pena ressaltar que a terra que cabia ao servo camponês mal podia ser trabalhada para suprir as necessidades de subsistência da família do mesmo,pois a terra a ser arada primeiro era a do senhor, a ser semeada também ,a colheita etc, em caso de intempéries a plantação a ser salva primeiro também era a do senhor, logo entende-se que este servo não passava de uma espécie de escravo, possuindo apenas nova nomenclatura e uma relação minimamente diferenciada.

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