terça-feira, 9 de novembro de 2010

Polinização pelo vento



Polinização



A polinização é a transferência do pólen da antera para o estígma da flor das Angiospermas ou, como já vimos, para o rudimento seminal também chamado óvulo das Gimnospermas.

TIPOS DE POLINIZAÇÃO


A - Autopolinização autogamia ou polinização direta - é a transferência do pólen da antera para o estigma da mesma flor (caso que só ocorre quando a planta é hermafrodita). É pouco freqüente, ocorre na ervilha, no fumo, no algodão e em muitos cereais, exceção do milho e centeio.
Nas flores cleitogâmicas, isto é, cuja corola não chega a se abrir, só haverá autogamia, como na violeta e parcialmente na Genista sp. , Stellaria, Specularia perfoliata e Juncus bufonlus.
Dispositivos existem que dificultam a autogamia em muitas flores hermafroditas, tais como a heterostilia ou seja a diferença de comprimento entre os estiletes e o estames, havendo casos em que o estilete é maior que os estames e outros em que o estilete é menor. A heterostilia. Tanto a macro como a microstilia, encontra-se em 50% dos indivíduos da mesma espécie de Primula sinensis (primavera).
Por outro lado, condições fisiológicas, também impedem a autogamia, como a diferença no desenvolvimento fisiológico dos estames e do gineceu, fenômeno esse chamado dicogamia. Há dois casos a considerar na dicogamia:
01 - Protandria ou Proterandria - quando as anteras atingem a maturidade antes que o estigma. Como em muitas compostas, Campanuláceas, Umbelífera, Geraniáceas e na Salva sp.

02 - Protoginia ou Proteroginia - quando o estígma amadurece primeiro que as anteras, tornando-se receptivo ao pólen, como na tanchagem (Plantago media) , no Arum e no papo-de-perú ou aristolóquia.
A autopolinização, em muitas espécies, pode levar a uma redução no vigor e na produtividade da espécie.

B - Geitonogamia - é a transferência do pólen da antera para o estigma de outra flor situada na mesma planta, como no Eupatorium cannabium.
C - Polinização Cruzada, alogamia, polinização indireta ou xenogamia - é a transferência do pólen da antera para o estígma de uma flor situada em outra planta da mesma espécie. É o tipo que ocorre há maioria das plantas.


FATORES OU AGENTES DE POLINIZAÇÃO

A - Autopolinização, autogamia ou polinização direta:
A gravidade e o vento são os dois principais fatores que promovem a polinização direta, a qual se verifica nas flores hermafroditas, que possuem as anteras acima do estígma. O vento, por sua vez, agitando anteras e estigmas, ambos do mesmo tamanho, provoca a polinização. Para a consecução dessa polinização, é necessário que estames e pistilos estejam maduros ao mesmo tempo e quer o pólen seja capaz de fecundar os óvulos de sua própria flor.
A autopolinização é facilitada pelo deslocamento das anteras, que chegam a tocar o estígma, quando um inseto roça a base do seu filamento. Na arruda (Ruta graveolens), os estames, na época da maturidade, se aproximam do centro da flor, e os filetes se encurvam e as anteras, abrindo-se deixam cair o pólen sobre o estígma. Em Nigella são os estígma que se inclinam até as anteras. Todavia, qualquer que seja o agente, o pólen será sempre da mesma flor.

B - Geitogamia
Consta esta modalidade de polinização da transferência do pólen da antera de uma flor para o estígma de outra flor situada na mesma planta, geralmente com flores masculinas e femininas (plantas monóicas).
Afora os fatores ou agentes citados, outros há que podem favorecer a autopolinização e a geitonogamia, como por exemplo os insetos, o homem e os pássaros.

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