A difusão das idéias humanistas na Europa provocou um aumento das críticas à Igreja Católica. O racionalismo, o individualismo e o antropocentrismo clamavam por um cristianismo mais revigorado e coerente com os "novos tempos". Denunciavam-se, em especial, as riquezas da Igreja, os privilégios fiscais das propriedades eclesiásticas, a forma de vida de parte do alto clero e o abuso na aplicação e venda das indulgências. Um bom número de autoridades eclesiásticas se dedicava ao estudo, relegando a seus subordinados as tarefas espirituais.
Poder temporal e espiritual
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Cúpula da Basílica de São Pedro, Vaticano. |
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O conflito entre o universalismo da Igreja e o processo de centralização monárquica trouxe para o cenário europeu tensões entre o poder temporal e o espiritual. Os monarcas da Idade Moderna não estavam mais dispostos a aceitar as constantes interferências da Igreja nos assuntos internos das monarquias nacionais. O avanço das atividades econômicas capitalistas e as mudanças sociais (reconhecimento social da burguesia) exigiam uma nova ética econômica, pois a condenação católica às práticas da usura e do lucro não mais se adequavam às novas necessidades, tanto da burguesia, quanto dos reis e da nobreza. |
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