terça-feira, 23 de novembro de 2010

rios do centro sul


CENTRO-SUL

É a região de economia mais dinâmica do país, produzindo a maior parte do P.I.B. nos setores agrário, industrial e de serviços, além de concentrar a maior parte da população. Apesar da maior dinamicidade, o Centro-Sul possui também as contradições típicas do desigual desenvolvimento sócio-econômico brasileiro.

O Centro-Sul pode ser sub-dividido em:



PARTE MERIDIONAL DA REGIÃO CENTRO-OESTE

Área que possui uma população ainda reduzida e constitui, historicamente uma zona de expansão da economia paulista, o que explica a presença do maior rebanho bovino brasileiro.

Organização Econômica

A principal atividade econômica do Centro-Oeste é a pecuária bovina extensiva que imprimiu a estrutura latifundiária desde a crise da mineração, no século XVIII. Há também, extrativismo mineral e vegetal, sendo que agricultura ampliou-se com a abertura das fronteiras agrícolas de exportação. Este fato provocou intenso conflito pela terra, agravado pelo fluxo migracional. É uma região de fraca densidade, com luta pela terra.

Pecuária: Goiás e Pantanal (bovinos) - abastecimento dos frigoríficos do oeste Paulista.

A região sofre grandes alterações a partir da década de 70, com a expansão da fronteira agrícola e as pesquisas que viabilizaram o avanço da soja pelo cerrado, como por exemplo, o processo da calagem, adição de calcário ao solo.

O enorme crescimento da agricultura na região vem determinando a necessidade de alternativas de transportes, como a hidrovia do rio Madeira e a Ferronorte.



REGIÃO SUL

Com uma superfície de 577.723 km2, a Região Sul compreende os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, constituindo a única região brasileira não tropical.

O relevo do Sul é formado em sua maior parte pelo Planalto Meridional, que apresenta três patamares limitados por escarpas: ao longo do litoral, ergue-se a primeira escarpa, de altitudes mais elevadas - a Serra do Mar, mais para interior, estende-se um planalto cristalino; a seguir a chamada "Serrinha" forma uma nova escarpa é a Serra Geral, limite do planalto basáltico que se estende até o vale do rio Paraná. No extremo sudoeste do Rio Grande do Sul, desenvolve-se a Campanha Gaúcha, parte brasileira da vasta planície platina (o Pampa).

O clima do sul é subtropical úmido fatos que individualiza a região no conjunto brasileiro. A pluviosidade é bem uniforme, e as temperaturas médias são abaixo de 22oC, registrando-se as mínimas nas zonas mais elevadas onde ocorrem a neve ocasional.

Na vegetação original do Sul, predominavam as formações florestais: a Mata Atlântica, junto ao litoral; a Floresta Tropical, no norte do Paraná; a Floresta Subtropical com pinheiros (Mata de Araucária).

O Celeiro do País

A Região Sul possui, atualmente, uma economia agrícola altamente desenvolvida, que vem passando por um intenso processo de modernização, tornando-se uma atividade cada vez mais mecanizada e capitalizada.

O norte do Paraná, constitui a área agrícola mais desenvolvida do estado, com uma estrutura fundiária baseada em médias propriedades. Embora o café tivesse sido o principal produto da região, seu cultivo tem perdido o caráter monocultor, com a diversificação das lavouras comerciais (soja, trigo, arroz). O restante do estado tem uma produção agropecuária ampla e variada, além da exploração madeireira. Curitiba é a metrópole da região, com um parque industrial de certo vulto e com crescimento.

O Vale do Itajaí, ao norte da encosta catarinense, é a zona mais dinâmica de Santa Catarina: vales profundos, caracterizam essa área de colonização italiana e alemã. Blumenau é o maior centro industrial da região.

A zona serrana gaúcha é uma área de colonização alemã e italiana, apresentando uma estrutura fundiária calcada na pequena propriedade. À produção agrícola, extremamente diversificada, vem se somar uma importante atividade pecuária, que alimenta uma próspera indústria frigorífica e de laticínios. Por isso mesmo, o setor agro-industrial foi o que mais cresceu no Sul, no início da década de 90.

No Centro-Sul gaúcho, destacam-se duas áreas: a região de Porto Alegre, metrópole que tem expressivo desenvolvimento industrial, a "campanha", caracterizada pelos grandes estabelecimentos pastoris - as estâncias, onde predomina uma pecuária extensiva melhorada.

População

O processo de ocupação da região, inicia-se com o gado da Campanha Gaúcha. Oriundo de São Vicente, este gado procura as pastagens naturais do sul, não ficando nas matas e serras da região. Imprime o latifúndio, ocupa, mas não estabelece grandes núcleos de povoamento, confundindo-se com as fronteiras castelhana. No litoral do Rio Grande houve, também, no período colonial, o povoamento com casais açorianos, indo até mais para o interior (depressão) e fundando Porto Alegre (Guaíba).

A mineração do século XVII gerou um povoamento com núcleo até Laguna, pelo estreito litoral sul. Lagura era, em fins do século XVII, o ponto de apoio da ocupação brasileira no Sul, visando a Sacramento, no estuário do Prata.

No século XIX chegam os imigrantes. Vão estabelecer-se nas matas e serras pouco valorizadas pela pecuária, e só usam a região como trânsito para a venda nas feiras e São Paulo (exemplo Sorocaba), para abastecer a área mineradora. Estes imigrantes vão:


Imprimir a pequena propriedade;


Desenvolver a agricultura associada à pecuária;


Desenvolver a agricultura de subsistência que dará origem à policultura;


Desenvolver a mão-de-obra familiar.

Imigrantes alemães nos vales férteis; italianos nas encostas; eslavos no oeste e japoneses no norte do Paraná, configuram o ciclo de povoamento. Hoje a região perde população para o Centro-Oeste, para a Amazônia e até para fora do País. Fato determinado pelos seguintes aspectos:


Divisão das propriedades pela herança


Minifúndios absorvidos por latifúndios com culturas de exportação, a exemplo da soja.

Economia

A existência de extensas áreas de pastagens naturais favoreceu o desenvolvimento da pecuária extensiva de corte na região Sul, há o predomínio da grande propriedade e o regime de exploração direta, já que a grande criação é extensiva, exigindo poucos trabalhadores, o que explica o fato de haver uma população rural pouco numerosa na região.

A agricultura, que é desenvolvida em áreas florestais, com predomínio da pequena propriedade e do trabalho familiar, foi iniciada pelos europeus, sobretudo alemães, que predominaram na colonização do sul. A policultura é a prática comum na região às vezes com caráter comercial, sendo o feijão, a mandioca, o milho, o arroz, a batata, a abóbora, a soja, o trigo, as hortaliças e as frutas os produtos mais cultivados. Em algumas áreas, a produção rural está voltada para a indústria, como a cultura da uva para a fabricação de vinhos, a de tabaco de óleos vegetais, a criação de frangos e porcos (associadas à produção de milho) para abastecer as usinas de leite e fábricas de laticínios.

Diferente das regiões agrícolas "coloniais" é o norte do Paraná, que está relacionado com a economia do sudeste, sendo uma área de transição entre São Paulo e o Sul. Seu povoamento está ligado à expansão da economia paulista.

O extrativismo vegetal é uma atividade de grande importância no sul do país e o fato de a Mata das Araucárias ser bastante aberta e relativamente homogênea facilita a sua exportação. As espécies preferidas são o pinheiro-do-paraná, a imbuia e o cedro, aproveitados em serrarias ou fábricas de papel e celulose.

A região Sul é pobre em recursos minerais, devido à sua estrutura geológica. Lá há a ocorrência de cobre no Rio Grande do Sul e chumbo no Paraná, mas o principal produto é o carvão-de-pedra, cuja extração concentra-se em Santa Catarina. É utilizado em usinas termelétricas locais e na siderurgia (misturado ao importado).

A região Sul é a segunda mais industrializada do país, vindo logo após o Sudeste. A principal característica da industrialização do sul é o fato de as atividades rurais comandarem a atividade industrial. Assim, somente as metrópoles de Porto Alegre e Curitiba não se encaixam no esquema agro-industrial predominante na região. Porto Alegre é o maior centro urbano-industrial, onde se localizam indústrias metalúrgicas, químicas, de couros, de bebidas, de produtos alimentícios e têxteis. Já a industrialização de Curitiba, o segundo maior centro industrial, é mais recente, destacando-se suas metalúrgicas, madeireiras, fábricas de alimentos e do ramo automobilístico.

As demais cidades industriais da região são geralmente mono-industriais ou então abrigam dois gêneros de indústrias, como Caxias do Sul (bebidas e metalurgia), Pelotas (frigoríficos), Lages (madeiras), Londrina (alimentos), Blumenau e Joinville (indústria têxtil), estas duas localidades no Vale do Itajaí, a região mais próspera de Santa Catarina.



SUDESTE

O sudeste é a região mais desenvolvida do Brasil, registrando em relação ao conjunto do país, uma participação de cerca de 55% no Produto Interno Bruto (PIB), de 66% no valor da produção industrial, e concentrando 58% de pessoal ocupado na indústria.

O processo de industrialização ocorrido no Brasil a partir da década de 50, apoiado tanto na entrada maciça do capital estrangeiro, quanto na iniciativa privada nacional e na própria intervenção estatal, baseou-se no desenvolvimento dos setores mecânico, metalúrgico, químico, de material elétrico e de transportes, consolidando-se a região como centro da economia nacional. Desde então, aqueles setores industriais acusam participação crescente no Sudeste, em detrimento das indústrias tradicionais (têxtil, alimentos e bebidas, que vêm-se registrando uma queda relativa). Essa tendência vêm-se afirmando no conjunto da região, embora o desenvolvimento das indústrias seja diferenciado ao nível dos estados.

São Paulo destaca-se no contexto nacional como o estado de maior concentração industrial, especialmente no tocante à indústria pesada. E o interior do estado já desponta hoje como o segundo mercado interno do País.

Minas Gerais constitui o segundo centro industrial do País, com uma participação de cerca de 10% no valor da produção nacional. Em linhas gerais, a região da Grande São Paulo abrange o maior parque industrial da América Latina, além de constituir o maior centro comercial e financeiro do país.

A riqueza de recursos minerais esteve na base do grande desenvolvimento das indústrias siderúrgica e metalúrgica do Estado de Minas. A maior parte da produção brasileira de ferro ainda provém do "Quadrilátero Ferrífero de Minas Gerais", sendo o Brasil um dos maiores produtores mundiais desse minério.

O Rio de Janeiro apesar de estagnado na metade dos anos 90, vem crescendo na última metade através de um processo de "renúncia fiscal" e dos novos ramos privatizados, os da telecomunicação e da siderurgia. A economia do Rio de Janeiro porém, tem sua maior perspectiva no crescimento da indústria do petróleo (extração, construção naval, plataformas, óleos e gasodutos, pólo gásquímico e novas empresas que ganharam concessão de exploração).

A produção de termeletricidade também tende a crescer em função de novos investimentos privados e estatais (AngraII).

O problema do Rio de Janeiro é basicamente para consumo interno e necessariamente exige importação de alimentos e insumos agrícolas.

Outro setor de crescimento é o turismo - "a venda do local" - hoje principalmente interna é a rede de escolas e universidades que atrai investimentos diretos.

Organização Econômica

A importância histórica desta região data do desenvolvimento da atividade mineradora, quando o eixo econômico e político do país transferiu-se para o Centro-Sul. Após a mineração, o café, no Século XIX, valorizou também a área, tanto no Vale do Paraíba Fluminense como no Paulista, assim como, no Século XX, este produto impulsiona o oeste de São Paulo. Manteve, no entanto, a estrutura fundiária do latifúndio neocolonial exportador, sendo que no Rio Paraíba utilizou-se da mão-de-obra escrava negra.

Na Era Vargas esta região encontrou sua vocação industrial. O capital do café e o esforço do Estado vão transformá-la em um grande centro industrial, sobretudo, nas metrópoles nacionais de São Paulo e Rio de Janeiro, e na regional de Belo Horizonte.

Urbana e industrial, esta região apresenta algumas características marcantes:


Agricultura - Como produção elevada - cana-de-açúcar, café, soja, milho e arroz, utiliza-se, porém, da mão-de-obra temporária ou bóia-fria, mostrando aí seus graves contrastes sociais e espaciais: ao lado de uma agricultura moderna há estruturas arcaicas, como a questão social, técnica e política do Vale do Jequitinhonha e norte de Minas Gerais, por exemplo;


Pecuária - Dinâmica, não só para o abastecimento da carne, como de leite e derivados. Destacam os rebanhos de Minas Gerais e São Paulo.


Concentração Industrial - Destacamos quatro espaços industriais importantes: São Paulo, Rio de Janeiro, área do Quadrilátero Ferrífero e cidades médias do oeste paulista.


Extrativismo Mineral - Extração de ferro no Quadrilátero de Minas Gerais, que destinado ao mercado externo (porto e usina de Tubarão - E.F.Vitória - Minas). Extração de petróleo - bacia de Campos-Macaé.


Crise Social - Nas metrópoles do Sudeste, destacamos o grave problema da segregação espacial. Mesmo com a redução da migração, a favelização amplia-se, fato que constata o elevado processo de segregação do espaço geográfico, com a favelização e a formação de uma enorme periferia urbana.


Crise Ambiental - Desmatamento, retirada do mangue, poluição da Baía de Guanabara, deslizamento de encostas, problema do lixo, etc. , são tônicas na vida da região. A industrialização e a exploração econômica acelerada, sem respeito ao meio ambiente e visando ao lucro imediato, seguindo modelos externos, são fatores geradores desta crise vivenciada pela mais dinâmica região do país.

rios do centro sul



A Bacia do rio Uruguai consiste no conjunto de todos os recursos hídricos convergindo para a área banhada pelo rio Uruguai e seus afluentes, desaguando no estuário do rio da Prata, já fora do território brasileiro. Tal bacia é uma das doze regiões hidrográficas do país, abrangendo 384 municípios.

Tendo na sua origem o nome de Pelotas, na Serra Geral, a 65 km a oeste do Oceano Atlântico, este recebe posteriormente as águas do rio Canoas, passando então a ser denominado rio Uruguai. Este então tem sua foz na Bacia hidrográfica do Prata, ou Mar del Plata, como é mais conhecido, formado pela junção dos rios Paraná e Uruguai.

Formado então pelos rios Pelotas e Canoas, o rio Uruguai serve como divisa dos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Esta é ainda responsável por delimitar a fronteira entre Brasil, Argentina e Uruguai e deságua no Oceano Atlântico após percorrer uma trajetória de 1400 km, fazendo com que este rio seja talvez o mais importante da hidrografia do sul do Brasil
bacia do rio Paraná é uma das doze regiões hidrográficas do território brasileiro. A região abrange uma área de 879.860 km², distribuídos em sete Unidades da Federação: Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e o Distrito Federal.
O Rio Paraná é o principal curso d'água da bacia, mas de grande importância também são seus afluentes e formadores como os rios Grande, Paranaíba, Tietê, Paranapanema, Iguaçu, dentre outros.
As principais coberturas vegetais da região eram a Mata Atlântica, o Cerrado e a Mata de Araucárias, que foram fortemente desmatados ao longo da ocupação da região.

climas ddo centro sul


O clima nesta região varia de acordo com o relevo. Na Baixada Litorânea e na encosta leste da Borborema predomina o clima tropical úmido, com chuvas de outono-inverno e estação seca durante o verão. As chuvas no litoral atingem índices de 1.700mm anuais e temperaturas na casa dos 24°C. Seguindo para o interior as chuvas diminuem (800mm - encosta leste da Borborema), voltando a aumentar o índice pluviométrico no topo do planalto para 1.400mm.

Dominando o planalto da Borborema, exceto a encosta leste, está o clima semi-árido quente; o índice pluviométrico nesta região pode ser considerado baixo chegando a 500-600mm anuais.

O menor índice pluviométrico anual do Brasil é registrado no município de Cabaceiras, 279mm.

Uma terceira tipologia climática ocorre a oeste do Estado, no planalto do rio Piranhas. Clima tropical úmido caracterizado por apresentar chuvas de verão e inverno seco, as temperaturas médias anuais são elevadas, marcando 26°C; o índice pluviométrico é de 600 a 800 mm/ano. A leste da Borborema as chuvas são irregulares, o que resulta em secas prolongadas

Relevo do centro-sul


A maior parte do território paraibano é constituída por rochas resistentes, e bastantes antigas, que remontam a era pré-cambriana com mais de 2,5 bilhões de anos.

Elas formam um complexo cristalino que favorecem a ocorrência de minerais metálicos, não metálicos e gemas. Os sítios arqueológicos e paleontológicos, também resultam da idade geológica desses terenos.

•No litoral temos a Planície Litorânea que é formada pelas praias e terras arenosas.
•Na região da mata, temos os tabuleiros que são fomados por acúmulos de terras que descem de lugares altos.
•No Agreste, temos algumas depressões que ficam entre os tabuleiros e o Planalto da Borborema, onde apresenta muitas serras, como a Serra de Teixeira, etc.
•No sertão, temos uma depressão sertaneja que se estende do município de Patos até após a Serra da Viração

mapa do centro-sul


Centro-sul


O complexo regional do Centro-Sul é a região geoeconômica mais produtiva do país, tendo em vista que contém vários estados com diversos tipos de indústria, climas, relevo, etc. Encontram-se no Centro Sul os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal. Ainda pega a parte sul do Mato Grosso, o sudeste de Tocantins e a maior parte de Minas Gerais, com excessão do norte e nordeste deste estado.

Relevo
O relevo do Centro-Sul é bastante diversificado, caracterizado por vários planaltos, planícies e depressões. No leste da região encontram-se os planaltos e serras do Atlântico-leste-sudeste, também chamados de terras altas, pois grande parte de sua área tem elevadas altitudes, chegando a mais de 1000 metros. Nesses planaltos também existem escarpas, como a Serra do Mar e a Serra da Mantiqueira.
Em uma grande área do oeste e central da região é ocupada pelos planaltos e chapadas da bacia do Paraná, que foram formados por intensos derrames vulcânicos, deixando o solo bastante fértil.

Na parte central, que se extende desde o sul de Santa Catarina e vai até o norte de São Paulo encontramos as depressões periféridas da borda leste do rio Paraná. No sul do Mato Grosso e noroeste de Mato Grosso do Sul encontram-se as planícies do pantanal mato grossense. Na ponta norte, no estado de Goiás e sul de Tocantins temos a depressão causada pelo rio Araguaia. Logo abaixo também tem outra depressão formada pelo rio São Francisco, e no meio destas duas depressões encontram-se os planaltos e serras de Goiás-Minas, que tem um formato de triângulo, dividindo três grandes bacias hidrográficas, a Amazônica, a do Araguaia Tocantins e do Paraná.

Hidrografia
Dentro do Complexo regional do Centro-Sul encontram-se partes de grandes bacias hidrográficas: a do rio Paraná, a do rio São Francisco, e uma pequena parte da bacia do Araguaia-Tocantins.

Os rios do Paraná encontram-se em grande parte nos planaltos, onde o relevo è bastante acidentado, proporcionando as condições ideais para a construção de grandes usinas hidrelétricas, como é o caso da Usina de Itaipu. Ela é responsável por grande parte da produção da energia consumida no sul do Brasil, e também fornece energia para o Paraguai.
Uma parte do Rio São Francisco corta a região Centro-Sul, que também é bastante utilizado na produção de energia elétrica. Também é utilizado para irrigação, transporte de pessoas, cargas, etc. (veja mais detalhes sobre o rio São Francisco na página do Complexo Regional do Nordeste)

Clima
O clima na região geoeconômica do Centro-Sul é bastante diversificado, por várias razões: latitude e longitude (localização no planeta), maritimidade, massas de ar, grande ocupação humana (indústrias, poluição, etc), etc.

Na parte central da região encontra-se o clima denominado Tropical de Altitude, em razão das elevadas altitudes encontradas nesse local. As temperaturas são amenas durante o ano todo, com chuvas bastante concentradas no verão (Novembro-Fevereiro). Cobre parte dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Espirito Santo, Rio de Janeiro e Paraná.

No sul do país, o clima Subtropical está presente nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e a parte sul do Paraná. Este clima é caracterizado por ter as quatro estações bem definidas, pois as chuvas são muito bem distribuídas durante o ano todo. É também o clima que contém as menores temperaturas do Brasil, dando destaque para a serra catarinense, onde em algumas cidades a temperatura pode ser negativa (São Joaquim, Urubici, etc).

terça-feira, 16 de novembro de 2010

o tráfico negreiro


A partir da segunda metade do século XVI, começaram a ser trazidos para a América os africanos como escravos em número expressivo para a exploração sistemática de sua mão-de-obra.
A opção pelo africano se deu por algumas supostas vantagens: maior resistência física às epidemias e maiores conhecimentos em trabalhos artesanais e agrícolas. A opção pelo escravo africano se deu também porque o tráfico dava lucros, era uma das atividades mais lucrativas do sistema colonial. Para facilitar, nem o Estado nem a igreja católica condenavam a imposição da escravidão aos africanos.
Os portugueses transportavam os escravos em suas caravelas vindas da África. Os holandeses também realizavam o tráfico de escravos para o Brasil. O número de escravos embarcados dependia da capacidade da embarcação. Nas caravelas, os portugueses transportavam até 500 cativos. Um pequeno navio podia transportar até 200 escravos, um navio grande até 700.

A bordo, todos os escravos eram marcados a ferro no ombro ou na coxa. Embarcados, os cativos são acorrentados até que se perca de vista a costa da África. Os navios negreiros embarcavam mais homens do que mulheres. O número de crianças era inferior, de 3% a 6% dos embarcados.


Angola (África Centro-Ocidental) e a Costa da Mina (todo o litoral do Golfo da Guiné) eram até o século XVIII os principais fornecedores de escravos ao Brasil. Os principais grupos étnicos africanos trazidos ao Brasil foram os bantos, oriundos de Angola, Golfo da Guiné e Congo; os sudaneses, originários do Golfo da Guiné e do Sudão; e os maleses, sudaneses islamizados.
Durante o século XVI e o XVII, os escravos eram trazidos principalmente ao Nordeste para a atividade açucareira, sobretudo, para fazendas na Bahia e em Pernambuco. Em menor número eram enviados ao Pará, Maranhão e Rio de Janeiro. No final do século XVII, a descoberta do ouro na província de Minas Gerais eleva o volume do tráfico, que passa a levar os cativos para a região das minas. No século XVIII, o ouro sucede o açúcar na demanda de escravos, o café substitui o ouro e o açúcar no século XIX.



Entre a segunda metade do século XVI e 1850, data do fim do tráfico negreiro (Lei Eusébio de Queiroz), o número de escravos vindos para o Brasil é estimado entre 3 500 000 e 3 900 000. O Brasil teria importado 38% dos escravos trazidos da África para o Novo Mundo.

Os escravos a bordo estavam sujeitos a todos os riscos. Sua alimentação era escassa. Não fazia exercícios físicos durante a viagem. A higiene a bordo era muito medíocre. Havia ainda os maus-tratos a bordo e a superlotação dos porões insalubres e infectos.





Trinta e cinco dias durava a viagem de Angola a Pernambuco, quarenta até a Bahia, cinqüenta até o Rio de Janeiro. A mortalidade era alta a bordo. 20% dos escravos morriam durante essa longa viagem.



A partir da década de 1840, a Inglaterra começa a sua guerra contra o tráfico de escravos para o Novo Mundo, alegando razões humanitárias, mas na verdade com a finalidade de ampliar o mercado consumidor de seus produtos industrializados. É aprovada na Inglaterra a lei conhecida como Bill Aberdeen, que dava direito a Marinha de Guerra britânica de prender navios negreiros no Atlântico e julgar seus tripulantes.



Sob pressão inglesa, o governo imperial brasileiro promulga a 4 de setembro de 1850, a lei Eusébio de Queiroz, que extinguia o tráfico de africanos para o Brasil. Com a ilegalidade do tráfico, a alternativa foi a intensificação do tráfico inter-regional e interprovincial de escravos. Assim, no século XIX, os cativos vinham principalmente das províncias do Norte e Nordeste para suprir as necessidades de mão-de-obra do Sudeste cafeeiro.

A utilização do trabalho escravo provém de muito antes do que podemos imaginar, existem indícios de que alguns grupos na pré-história se faziam valer do trabalho compulsório de outros grupos nômades que “invadiam” seu espaço,empreendiam uma luta e os vencedores apoderavam-se dos perdedores, e os utilizavam como ajudantes na caça e em outras funções. Já na antiguidade as grandes civilizações como a Grega ,a egípcia ,romana, Persa dentre outras utilizavam o trabalho de escravos, a diferença é que estes eram conseguidos de formas variadas, como por exemplo através de guerras por domínio territorial, como pagamento de dividas ou mesmo quando homens pobres se vendiam como escravos como forma de sobrevivência.

No Egito, por exemplo, eram na sua grande maioria, prisioneiros de guerra,e não constituíam um grupo numeroso,eram utilizados em trabalhos pesados como extração de enormes pedras e na construção de templos, palácios e pirâmides, comparados aos outros povos antigos,os egípcios eram bastante tolerantes com seus escravos, com exceção da forma como agiram com os hebreus. Dependendo dos costumes da civilização que os adquirisse eram submetidos a diversos tipos de trabalho,na maioria das vezes,desumanos, algumas porém os adquiriam apenas para utilização de seu trabalho na fabricação de determinados artefatos e em trabalhos mais leves, em geral no intento de diminuir seu esforço e aumentar a produção, mesmo ainda não existindo um comércio formal e intenso.Nem todos as antigas civilizações obrigavam seus escravos a abandonarem seus rituais religiosos, mas na grande maioria era o que ocorria, na Mesopotâmia, por exemplo, eram obrigados a raspar a cabeça, a falar a língua local dentre outras atrocidades,a Pérsia era onde eram encontrados escravos em maior número, adquiridos em sua maioria nas conquistas militares, como mencionado anteriormente, os hebreus sofreram bastante quando os egípcios retomaram seu território que se encontrava sob o domínio do hicsos, se tornaram escravos e foram de todas as formas possíveis depreciados.

Grécia e Roma foram civilizações que utilizaram os trabalho escravo em larga escala e chegaram inclusive a promover feiras de comercialização dos mesmos, os oferecendo para utilização em todos os fins possíveis, inclusive como é mostrado em muitos filmes, como gladiadores, os gregos e os romanos foram talvez os que mais se assemelharam aos ocidentais ao desumanizarem, depreciarem de todas as formas e comercializarem seres humanos. Contudo podemos afirmar que estas grandes civilizações não teriam tido tanto êxito em sua ascendência se não fosse a utilização do trabalho escravo,a grandeza delas esta diretamente ligada ao trabalho desses homens, mulheres e muitas vezes crianças,seres humanos desumanizados,dominados.

A decadência e o conseqüente desaparecimento do império romano extinguiu temporariamente este “tipo de trabalho”, pois a sociedade feudal que havia sido erguida sobre as ruínas deste grande império não visava o comercio em grandes proporções,mas sim a subsistência,sendo assim o trabalho escravo tornou-se desnecessário e foi substituído pelo trabalho dos servos,que na verdade também eram como escravos, a diferença residia no fato de que estes não possuíam certificado de propriedade do senhor feudal, porém quando este resolvia arrendar a terra seu servo permanecia como sendo parte do patrimônio,além disso este mesmo servo devia obediência e satisfação ao senhor feudal, não podiam nem ao menos casar-se sem autorização do senhor com alguém de ouro feudo e no caso de viúvas ,estas também só podiam se casar novamente com alguém da escolha do senhor feudal e no caso de não desejarem casar-se novamente deviam pagar uma multa ao senhor, o mesmo em caso de falecimento do chefe da família ocorria, o seu herdeiro devia pagar uma quantia determinada ao senhor se desejasse permanecer naquele feudo cuidando de sua terra e em sua moradia, porem vale a pena ressaltar que a terra que cabia ao servo camponês mal podia ser trabalhada para suprir as necessidades de subsistência da família do mesmo,pois a terra a ser arada primeiro era a do senhor, a ser semeada também ,a colheita etc, em caso de intempéries a plantação a ser salva primeiro também era a do senhor, logo entende-se que este servo não passava de uma espécie de escravo, possuindo apenas nova nomenclatura e uma relação minimamente diferenciada.

Escravidão no Brasil


No Brasil, a escravidão teve início com a produção de açúcar na primeira metade do século XVI. Os portugueses traziam os negros africanos de suas colônias na África para utilizar como mão-de-obra escrava nos engenhos de açúcar do Nordeste. Os comerciantes de escravos portugueses vendiam os africanos como se fossem mercadorias aqui no Brasil. Os mais saudáveis chegavam a valer o dobro daqueles mais fracos ou velhos.

O transporte era feito da África para o Brasil nos porões do navios negreiros. Amontoados, em condições desumanas, muitos morriam antes de chegar ao Brasil, sendo que os corpos eram lançados ao mar.

Nas fazendas de açúcar ou nas minas de ouro (a partir do século XVIII), os escravos eram tratados da pior forma possível. Trabalhavam muito (de sol a sol), recebendo apenas trapos de roupa e uma alimentação de péssima qualidade. Passavam as noites nas senzalas (galpões escuros, úmidos e com pouca higiene) acorrentados para evitar fugas. Eram constantemente castigados fisicamente, sendo que o açoite era a punição mais comum no Brasil Colônia.

Eram proibidos de praticar sua religião de origem africana ou de realizar suas festas e rituais africanos. Tinham que seguir a religião católica, imposta pelos senhores de engenho, adotar a língua portuguesa na comunicação. Mesmo com todas as imposições e restrições, não deixaram a cultura africana se apagar. Escondidos, realizavam seus rituais, praticavam suas festas, mantiveram suas representações artísticas e até desenvolveram uma forma de luta: a capoeira.

As mulheres negras também sofreram muito com a escravidão, embora os senhores de engenho utilizassem esta mão-de-obra, principalmente, para trabalhos domésticos. Cozinheiras, arrumadeiras e até mesmo amas de leite foram comuns naqueles tempos da colônia.

No Século do Ouro (XVIII) alguns escravos conseguiam comprar sua liberdade após adquirirem a carta de alforria. Juntando alguns "trocados" durante toda a vida, conseguiam tornar-se livres. Porém, as poucas oportunidades e o preconceito da sociedades acabavam fechando as portas para estas pessoas.

O negro também reagiu à escravidão, buscando uma vida digna. Foram comuns as revoltas nas fazendas em que grupos de escravos fugiam, formando nas florestas os famosos quilombos. Estes, eram comunidades bem organizadas, onde os integrantes viviam em liberdade, através de uma organização comunitária aos moldes do que existia na África. Nos quilombos, podiam praticar sua cultura, falar sua língua e exercer seus rituais religiosos. O mais famoso foi o Quilombo de Palmares, comandado por Zumbi.

Campanha Abolicionista e a Abolição da Escravatura

A partir da metade do século XIX a escravidão no Brasil passou a ser contestada pela Inglaterra. Interessada em ampliar seu mercado consumidor no Brasil e no mundo, o Parlamento Inglês aprovou a Lei Bill Aberdeen (1845), que proibia o tráfico de escravos, dando o poder aos ingleses de abordarem e aprisionarem navios de países que faziam esta prática.

Em 1850, o Brasil cedeu às pressões inglesas e aprovou a Lei Eusébio de Queiróz que acabou com o tráfico negreiro. Em 28 de setembro de 1871 era aprovada a Lei do Ventre Livre que dava liberdade aos filhos de escravos nascidos a partir daquela data. E no ano de 1885 era promulgada a Lei dos Sexagenários que garantia liberdade aos escravos com mais de 60 anos de idade.

Somente no final do século XIX é que a escravidão foi mundialmente proibida. Aqui no Brasil, sua abolição se deu em 13 de maio de 1888 com a promulgação da Lei Áurea, feita pela Princesa Isabel.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

araucárias

Já denominada de Araucaria brasiliensis, o pinheiro-do-Paraná, ou simplesmente "araucária", é uma elegante árvore, com copa em forma de taça, característica das florestas úmidas e de climas mais amenos do sul do Brasil. Todos conhecem seus "frutos", o famoso pinhão. Esta bela árvore já foi mais comum na região do Planalto Paulistano mais ainda empresta sua graça à paisagem de nossa região.

Sua semente, o popular "pinhão" das festas de junho, era uma das bases da alimentação dos indígenas ou aborígenes do sul, que conheciam várias formas de consumo e conservação. Seus pinhões são também muito apreciados por animais. A gralha-azul, pássaro típico das florestas de pinhais, dissemina a espécie quando esconde, enterrando os pinhões, para consumi-los depois. Os pinhões esquecidos vão produzir as novas árvores.

É espécie dióica (duas casas do grego; di, dois ou duas e oikos, casa), possuindo árvores de sexo separado, masculinas e femininas. O segundo nome da espécie, "angustifolia", do latim, lembra angústia ou dor, pelas suas folhas pontiagudas, que machucam como uma agulha.

Sua madeira de boa qualidade é excelente para vários usos, tendo sido produto comercial e de exportação do país. Isto levou à criação do extinto Instituto Nacional do Pinho, um dos nossos primeiros órgãos de controle florestal, o qual, juntamente com outros órgãos de pesquisa ou controle da exploração florestal, deram origem ao IBDF, atual IBAMA. No entanto, o extrativismo durante centenas de anos quase levou a espécie à extinção. Atualmente é protegida por lei, sendo plantada comercialmente para obtenção de pasta de celulose e madeira.

No caso de nossa região, há uma discussão científica, no meio de botânicos e fitogeográfos, se a araucária seria de ocorrência natural ou plantada pelo homem. Estudos que estamos realizando na região do Morro Grande, têm demonstrado que a espécie, além de plantada, ocorre naturalmente na região, com populações de pinhões menores e mais espessos. As plantadas normalmente são oriundas do sul (PR, SC ou RS), e têm pinhões mais longos e finos, muito provavelmente já cruzando com as naturais.

Além desta característica, o ornitólogo Biol. Dante Buzzetti detectou, nas populações de araucárias da Reserva Florestal do Morro Grande, um pequeno pássaro que vive exclusivamente sobre ela, completando todo seu ciclo de vida dela dependendo. Este pássaro, furnarídio parente do "João-de-barro", o pequeno "grimpeirinho" (Leptasthenura setaria), ou poderíamos chamar de "grimpeirinho-da-araucária", só foi detectado em São Paulo na região da Mantiqueira (Campos do Jordão) e na Serra da Bocaina, exclusivo de florestas de araucárias, agora observado em nossa região!

Pesquisa arqueológica recente desenvolvida pelo Departamento de Ciências Florestais, da Escola de Agronomia de Piracicaba (ESALQ/USP), comprovou ser de uma araucária, a madeira utilizada por índios brasileiros na confecção de um barco de cerca de 6m de comprimento encontrado em um sítio arqueológico, em Bragança Paulista, interior de São Paulo. Segundo a fonte: "a canoa possui entre 250 a 300 anos, mais antiga já datada no Brasil, foi feita da árvore da madeira da árvore Araucaria angustifolia, o conhecido pinheiro-brasileiro, conífera da Família Araucariaceae." (Notícias IPEF, Piracicaba, julho-agosto-1999). Como vemos, a araucária é útil ao homem muito antes dos portugueses ou outros imigrantes terem chegado por aqui, vamos respeitá-las e valorizá-las em nossa região!

Dicas: Sendo uma das mais belas árvores brasileiras e vegetando tão bem por aqui, deveria ser muito mais utilizada no paisagismo de áreas amplas. A araucária prefere solos fertéis e cresce bem exclusivamente a pleno sol. O plantio nesta época, em covas com terra de boa qualidade, de preferência com pequena adubação e calagem (sugestão: 300gr de calcário dolomítico e 300 gr de NPK 8-14-8, com a opção da adição de 10 a 15 kg de húmus de minhoca - ou composto bem curtido), misturados com a terra da cova, um mês antes do plantio (ou em coroa ao redor da cova com pequeno revolvimento superficial). Se não tiver as mudas, os pinhões vendidos no comércio produzem rapidamente belas mudinhas, plantando-as na horizontal próximas da superfície do solo, em canteiros ou diretamente em saquinhos de mudas, sempre a pleno sol e com regas abundantes.

Polinização pelo vento



Polinização



A polinização é a transferência do pólen da antera para o estígma da flor das Angiospermas ou, como já vimos, para o rudimento seminal também chamado óvulo das Gimnospermas.

TIPOS DE POLINIZAÇÃO


A - Autopolinização autogamia ou polinização direta - é a transferência do pólen da antera para o estigma da mesma flor (caso que só ocorre quando a planta é hermafrodita). É pouco freqüente, ocorre na ervilha, no fumo, no algodão e em muitos cereais, exceção do milho e centeio.
Nas flores cleitogâmicas, isto é, cuja corola não chega a se abrir, só haverá autogamia, como na violeta e parcialmente na Genista sp. , Stellaria, Specularia perfoliata e Juncus bufonlus.
Dispositivos existem que dificultam a autogamia em muitas flores hermafroditas, tais como a heterostilia ou seja a diferença de comprimento entre os estiletes e o estames, havendo casos em que o estilete é maior que os estames e outros em que o estilete é menor. A heterostilia. Tanto a macro como a microstilia, encontra-se em 50% dos indivíduos da mesma espécie de Primula sinensis (primavera).
Por outro lado, condições fisiológicas, também impedem a autogamia, como a diferença no desenvolvimento fisiológico dos estames e do gineceu, fenômeno esse chamado dicogamia. Há dois casos a considerar na dicogamia:
01 - Protandria ou Proterandria - quando as anteras atingem a maturidade antes que o estigma. Como em muitas compostas, Campanuláceas, Umbelífera, Geraniáceas e na Salva sp.

02 - Protoginia ou Proteroginia - quando o estígma amadurece primeiro que as anteras, tornando-se receptivo ao pólen, como na tanchagem (Plantago media) , no Arum e no papo-de-perú ou aristolóquia.
A autopolinização, em muitas espécies, pode levar a uma redução no vigor e na produtividade da espécie.

B - Geitonogamia - é a transferência do pólen da antera para o estigma de outra flor situada na mesma planta, como no Eupatorium cannabium.
C - Polinização Cruzada, alogamia, polinização indireta ou xenogamia - é a transferência do pólen da antera para o estígma de uma flor situada em outra planta da mesma espécie. É o tipo que ocorre há maioria das plantas.


FATORES OU AGENTES DE POLINIZAÇÃO

A - Autopolinização, autogamia ou polinização direta:
A gravidade e o vento são os dois principais fatores que promovem a polinização direta, a qual se verifica nas flores hermafroditas, que possuem as anteras acima do estígma. O vento, por sua vez, agitando anteras e estigmas, ambos do mesmo tamanho, provoca a polinização. Para a consecução dessa polinização, é necessário que estames e pistilos estejam maduros ao mesmo tempo e quer o pólen seja capaz de fecundar os óvulos de sua própria flor.
A autopolinização é facilitada pelo deslocamento das anteras, que chegam a tocar o estígma, quando um inseto roça a base do seu filamento. Na arruda (Ruta graveolens), os estames, na época da maturidade, se aproximam do centro da flor, e os filetes se encurvam e as anteras, abrindo-se deixam cair o pólen sobre o estígma. Em Nigella são os estígma que se inclinam até as anteras. Todavia, qualquer que seja o agente, o pólen será sempre da mesma flor.

B - Geitogamia
Consta esta modalidade de polinização da transferência do pólen da antera de uma flor para o estígma de outra flor situada na mesma planta, geralmente com flores masculinas e femininas (plantas monóicas).
Afora os fatores ou agentes citados, outros há que podem favorecer a autopolinização e a geitonogamia, como por exemplo os insetos, o homem e os pássaros.

Gimnosperrmas


Introdução
As gimnospermas são as primeiras plantas que apresentam semente durante o processo de evolução biológica dos vegetais.

A origem do nome está relacionada com a presença destas sementes que estão desprotegidas de frutos, isto é, sementes nuas.

Características Gerais
As gimnospermas marcam evolutivamente o aparecimento das sementes como conseqüência da heterosporia, que é a produção de dois tipos de esporos, um masculino - micrósporo, e outro feminino - megásporo.

Os elementos reprodutivos estão reunidos em estróbilos, que correspondem às flores das gimnospermas.

São plantas traqueófitas, pelo fato de possuírem vasos condutores do tipo xilema e floema, que apareceram, pela primeira vez, durante a evolução das pteridófitas.

A partir das gimnospermas ocorre a independência da água para a reprodução, deixando de ser por oogamia, passando a ser por sifonogamia, com o desenvolvimento de um tubo polínico, que carrega o gameta masculino até a oosfera.

O ciclo de vida é do tipo haplodiplobionte, com alternância de gerações das fases gametofítica e esporofítica, sendo esta última predominante. E > G

Poluição ambiental e extinção dos anfibios


A poluição ambiental tem, em geral, duas causas principais, responsáveis pelo actual estado decadente do nosso planeta.

Uma delas é a tendência que o Homem sempre sentiu para a mecanização. Como nenhum outro ser vivo, o Homem consegue transformar as matérias-primas que dispõe, de forma a torná-las úteis para si, seja como ferramentas ou máquinas, e como objecto de lazer ou arte. Durante a confecção de todos estes artigos formam-se quantidades apreciáveis de resíduos inúteis, que com o tempo acabam por comprometer o ambiente. Além disso, durante estes processos de fabricação, não é consumida apenas a energia própria do corpo humano, há consumo de energias sobretudo provenientes de outras fontes. Também a produção de energia está associada a uma poluíção do meio ambiente. Assim sendo, todo o processo de industrialização constitui um dos principais responsáveis pela poluição ambiental.

A segunda causa do comprometimento do meio ambiente reside no contínuo aumento da população, que, entre outros, implica uma crescente produção de alimentos. Uma vez que a área de terras cultiváveis não pode crescer ao mesmo ritmo do que a população, o necessário aumento de produção só pode ser atingido mediante uma intensificação da agricultura nas áreas já disponíveis. Para tal, torna-se necessária uma eficiente produção de fertilizantes, seja em forma de adubos orgânicos, seja em forma de fertilizantes minerais, exigindo-se aínda uma protecção eficiente das plantas cultivadas contra pragas de origem vegetal ou animal. Mas a necessidade do emprego de meios químicos de protecção é perfeitamente criticável, porque embora eles possam aumentar a produção em até 50%, o fabrico e uso de fertilizantes e pesticidas constituem o segundo maior componente da poluição ambiental.
Poluição ambiental
O aumento da população, assim como o melhoramento das condições de vida, está também na origem de um aumento do efeito poluidor dos esgotos urbanos. Estes contêm, além de detritos orgânicos, restos de alimentos, sabões e detergentes, contendo portanto hidratos de carbono, gorduras, material proteico, detergentes, fosfatos e bactérias

Evolução do ambiente terrestre


No ambiente terrestre são desenvolvidas ações como o monitoramento sedimentológico, sismológico e hidrogeológico, a avaliação das encostas marginais e do clima. Foram instaladas estações meteorológicas na área de influência do futuro reservatório para o monitoramento do clima.

Estudos de caracterização geológica e geotécnica, mais precisamente nas faixas marginais e zonas urbanas, juntamente com o monitoramento do lençol freático, através da instalação de uma rede de piezômetros e poços rasos, que servirão para delimitação das áreas potencialmente propensas ao desenvolvimento de processos erosivos e garantir a saúde da população. Estas ações são desenvolvidas em parceria com a UnB – Universidade de Brasília.

Para monitorar a influência do reservatório sob a fauna silvestre, são realizados estudos tais como: densidade populacional, hábitos comportamentais e alimentares, taxa de natalidade e de mortalidade, bem como rotas de migração. Para tanto a ENERPEIXE contratou a Systema Naturae de Consultoria Ambiental, a qual construiu um centro veterinário no Canteiro de Obras.

Outra preocupação da ENERPEIXE consiste na conservação da biodiversidade da flora regional. Estas ações são desenvolvidas em parceria com a Universidade Federal de Lavras – UFLA. Foram coletadas sementes para reprodução e plantio nas áreas do reservatório. O viveiro de mudas construído no Canteiro de Obras tem capacidade para germinação de 100.000 mudas.

Para utilização do uso múltiplo do reservatório foi desmatada uma área de aproximadamente 9 mil hectares. Estas ações auxiliaram e embasaram a ocupação e ordenação do entorno do reservatório, garantindo a conservação ambiental.

A ENERPEIXE em parceria com a FIOCRUZ – Fundação Instituto Osvaldo Cruz, desde 2004, desenvolve ações de monitoramento e controle de vetores, a ção essas que prolongar-se-ão até 2 anos depois do enchimento do reservatório.

Atualmente, todos os Programas Ambientais estão com atividades, o que exige muitos trabalhos de campo e por lugares de difícil acesso. As equipes estão sempre em contato com a população e são auxiliadas pela Equipe de Relações Públicas, que realiza atendimentos volantes individuais e coletivos.